segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

BRITISH AMERICA


The British America
The climate of social instability that threatened the English monarchy in the late seventeenth century, was crucial to the mass emigration of Englishmen to the lands of the New Continent. This occurred at the time of the Stuarts and introduced himself as a possible solution for both sides.



Since the beginning of colonization, the U.S. territory was divided into the regions of North and South in the south were established production centers for tropical products, monocultures on large estates and slave seeking to export. The northern colonies had an autonomous development, based on the production on small farms, in industries with wage labor and domestic trade.

Capital accumulation occurred within the colony favored the emergence of a local bourgeoisie. With this, the Americans managed to work in foreign trade, the so-called triangular trade. (By: Scribe Valdemir Mota de Menezes)

domingo, 25 de dezembro de 2011

AZTECS

The Scribe Valdemir Mota de Menezes

the Aztecs

The Aztecs, also known as Mexico, inhabited the Mexican highlands and reached its apogee in the early sixteenth century, precisely the time that coincides with the arrival of Europeans to the continent. The Aztec nation dominated the Gulf of Mexico to the Pacific, reaching as far as Guatemala.

Its capital was Tenochtitlan and had their origin in the Toltecs. The formation of the Aztec empire was given from the alliance of some city-states, for example, Texcoco and Tlacopan. The Aztecs were a warrior society and its priests were the highest authority, since the emperor Montezuma was considered of divine origin.

Regarding the economy, the Aztecs became an agricultural people, although hunting and fishing practices were widespread enough that people. The Aztec society was rigidly divided: the pipiltin were represented by the nobility, composed by the royal family and priests. Simplest members of the tribes, called macehualtin, it was military service and pay taxes. The lowest layer of the population was formed by tlatlacotin, kind of slaves.

The Aztecs were polytheists, and Quetzalcoatl as the god most revered. They made many sacrifices, especially using blood.

domingo, 2 de outubro de 2011

GEORGE WASHINGTON

Text written by scribe Valdemir Mota de Menezes



GEORGE WASHINGTON, born in 1732 and died in 1799, was born in Virginia (USA)
His life was dedicated to military arts and American expansion to the West, with only 16 years old, had already done survey. With 22 years had fought battles with Indians and French. Until 1759 took care of their land, then became a major character in the American Revolution. In 1789 George Washington becomes the first U.S. president, after fighting in the war that freed America from British rule osd.


He fought for the liberation of the United States of America was a colony of England. He always kept a concern for foreign affairs, but avoided getting involved in the war of England and France, maintaining an attitude of neutrality.

He commanded the Continental Forces in the war of Yorktown


Became famous for phrases that showed his longing for freedom and discipline:

"Freedom is a plant that grows quickly when takes root."


"Discipline is the soul of an army, makes great small contingent provides success to the weak, and esteem to everyone."






Americans today consider it a great icon of history.

The American struggle for independence had a strong influence in other European colonies in America, there is a sequence of revolutions and independence struggles that sparked the formation of multiple Latin American countries.

In the best style, George Washignton studied and worked to build the nation that would be one of the richest on the planet. Washington before joining the political career he had studied military science. This preparation helped in the struggle for independence.






Source:

http://educacao.uol.com.br/biografias/george-washington.jhtm

http://pensador.uol.com.br/autor/george_washington/

http://www.infoescola.com/biografias/george-washington/

sábado, 28 de maio de 2011

INDÍGENAS DA AMERICA

OS INDÍGENAS DA AMERICA


Em 1854 o chefe tribal Seatle mandou uma carta ao presidente Franklin Pierce, que se tornou um ícone dos movimentos ambientalistas, pois nesta carta o chefe indígena demonstrou uma capacidade espetacular de prevê o futuro do Meio Ambiente se os homens devastassem a natureza a seu bel-prazer, visando somente explorar as riquezas naturais com fins de lucro, sem se importar com as consequencias que a degradação do meio ambiente iria produzir.












Acredito porém que o maior problema da degradação ambiental que vivemos nos dias de hoje esta relacionada com a grande densidade demográfica humana. É impossível alimentar tanta gente, sem devastar florestas continentais para transforma-las em pastos para o gado e plantações para produção de alimentos.

Se não fosse a tecnologia de hoje os efeitos seria ainda mais devastadores. Não podemos considerar os índios americanos mais ambientalistas que os homens modernos ou os colonizadores. Os índios também são gananciosos, eles só não conheciam a técnica de acumular riquezas tão bem como os colonizadores europeus. Muitos homens brancos, em vez de invadirem reservas ambientais indígenas, fazem tratados ilegais com os índios que exploram e/ou permitem que os brancos explorem a terra em troca de benefícios e vantagens à tribo.

A história da troca do pau-brasil por espelhos e outra bugigangas em que os índios brasileiros devastavam a floresta para entregar o pau-brasil em troca de mercadorias é um exemplo de que, o caráter do índio não é melhor que o dos brancos.





TEXTO DO ESCRIBA VALDEMIR MOTA DE MENEZES













OS POVOS DA AMÉRICA

Quando os europeus chegaram na América, calcula-se que haviam 80 milhões de aborígenes na América e cerca de 150 anos depois, este número foi reduzido para cerca de 3 milhões. O pesquisador H. F. Dobyns calculou que uns 95% da população aborígene morreram nos primeiros 150 anos de colonização. Os índios foram explorados exaustivamente juntamente com os negros que foram escravizados na África e trazidos para a América. Depois que os índios foram libertos, continuaram sendo explorados por meio de pagamento de salários miseráveis. Os índios tiveram suas terras roubadas e depois foram obrigados a trabalhar nelas na maneira e condições estabelecidas pelos colonos europeus.

Não podemos negar que os povos indígenas da América foram massacrados de norte a sul como conta William Benson, historiador do povo Pomos, recontando o massacre de Clear Lake, Califórnia, em maio 1850.

"Os guerreiros brancos cruzavam em suas canoas grandes. Os índios disseram que vão recebê-los em paz, então, quando os brancos chegaram, os índios congratulou-se com eles ... Ge-Lih Wi- disse, ele levantou a mão ... mas o homem branco atirou e feriu o braço ... ela disse que quando ele pegou a mulher morta, foram esfaqueados e muitos foram mortos por esfaqueamento ... esta avó também contou como os brancos enforcaram um homem na ilha Emerson ... e fizeram um grande fogo debaixo dele... E outro foi amarrado a uma árvore e queimado vivo."












A Revista do Centro dos Direitos dos Povos Indígenas publicou uma matéria escrita por Pratap Chatterjee que dizia os motivos deste massacre:


“A primeira incidência do Clear Lake, ocorreu com a chegada de Charles Stone e Kelsey Andrew, dois fazendeiros que vieram para o lago, em 1847, a capturar e comprar centenas de índios Pomos, submetendo-os a trabalhos forçados como escravos. Kelsey usava estes índios escravizados nas montanhas para procurar ouro. Quando dois vaqueiros Pomos, Shak e Xasis, executaram os dois colonos, resultou na terrível vingança militar dos EUA.”

Esta curta história que revela uma das centenas de tragédias humanitárias que envolveram os povos indígenas na América, revelam um pouco do genocídio que por aqui aconteceu nos primeiros séculos de colonização.

Não precisamos aprofundarmos na grande violência com que os espanhóis roubaram e dizimaram os Incas da América Central, levando todo o ouro que aqui encontraram.







OS COLONIZADORES

Lamentavelmente a ganancia de muita gente que saíram da Europa por diversas razões para colonizar novas terras produziram efeitos devastadores nos povos ameríndios. Os colonizadores eram basicamente de 5 nações: Os ingleses, espanhóis, portugueses, holandeses e franceses. Os espanhóis foram os que conquistaram mais terras, fazendo colonias em todas as três Américas.

Os portugueses fizeram um colonia na América do Sul e os ingleses colonizaram a América do Norte. Os franceses ainda colonizou onde hoje é o Haiti, Guiana Francesa e o Canadá, além de invasões frustadas no Brasil, onde não conseguiram se estabelecer.

Os holandeses tiveram pouco exito. A chegada dos colonizadores mudou completamente a vida na América, agora um novo mundo chegou para os índios, e os que não morreram assassinados, foram dizimados pelas doenças e vírus que os colonizadores trouxeram da Europa.

Os poucos que sobreviveram não conseguiram até hoje criar uma sociedade forte e próspera. Os europeus chegaram na América com dois objetivos, uns era de colonizar a terra americana e aqui se estabelecer, e outros aqui chegaram apenas para se apropriar das riquezas



A VIDA DOS ÍNDIOS NA AMÉRICA PRÉ- COLOMBIANA


Não podemos alimentar o mito que os índios eram preservacionistas, pois muitos viviam como nômades, não plantando nem criando animais para se alimentarem, vivendo da exploração da caça, da pesca e da colheita, poucos grupos praticavam a agricultura. Por outro lado, em praticamente todas as tradições orais indígenas ouvimos falar de mitos, contos e tradições que visavam ensinar as novas gerações a respeitarem a floresta como algo sagrado. Como não tinham o princípio do acumulo de riquezas, elas só retiravam da selva aquilo que era suficiente para se alimentarem. Diferente da cultura européia que precisava desmatar para estabelecer campos de agricultura e pecuária.


REFERÊNCIAS

Disponível em http://saiic.nativeweb.org/ayn/oro.html, acesso em 07/04/2011

Disponível em http://www.nodo50.org/ceprid/spip.php?article350, acesso em 07/04/2011

Disponível em http://www.monografias.com/trabajos25/colonizacion-america/colonizacion-america.shtml

Disponível em http://www.yurileveratto.com/articolo.php?Id=82

quarta-feira, 18 de maio de 2011

SE BIN LADEN FOSSE PRESO POR BRASILEIROS

recebi um e-mail sobre o tema "Se Bin Laden tivesse sido preso por brasileiros..."
concordo pelnamente, no Brasil as leis são feitas para favorecerem os criminosos. Espero que o resto do mundo não imitem os nossos "legisladroes". Os americanos, ao matarem Bin Laden, evitaram muitos embrolios políticos. (Pelo escriba Valdemir Mota de Menezes)



E ainda :

Salário mensal para os filhos dele, caso fosse preso. De 870,00 Decreto lei, e viva o Brasil!!!

Parece piada, mas possívemente seria assim mesmo, ou melhor, receberia asilo político.



1. Os advogados dele teriam que estar presentes na hora da prisão para garantir seus direitos;


2. Todas as escutas seriam consideradas ilegais por não terem autorização de um juiz;


3. Os policias e militares seriam acusados de “abuso de poder”;

4. Em três dias teria um “Habeas Corpus” decretado por irregularidade nas investigações;


5. Por ser réu primário, não possuir outra condenação, ter nível superior e endereço fixo, seria logo posto em liberdade;


6. Por possuir “livre direito de ir e vir” seria liberado para visitas à Meca;

7. Pelo direito de “ampla defesa” alocaria milhares de testemunhas a seu favor;

8. O processo levaria uma década com ele em “liberdade provisória”;


9. Condenado a pena máxima de 35 anos, cumpriria 1/6 como manda a lei;


10. Durante o cumprimento da pena de cerca de cinco anos, poderia receber visitas das suas cinco esposas e seria liberado para sair nos feriados, inclusive no Natal (!);


11. Depois de alguns meses preso, um Juiz decretaria que a prisão dele é ilegal por não constar Terrorismo no nosso Código Penal;


12. E por último, para não manchar a imagem do Brasil junto ao mundo, ele sofreria a terrível punição de doar 10 cestas básicas para as Obras Assistenciais de Irmã Dulce.



Pronto:

Justiça feita como mandam nossas leis!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

LES PEUPLES AUTOCHTONES D'AMÉRIQUE

LES PEUPLES AUTOCHTONES D'AMÉRIQUE

Text de scribe Valdemir Mota de Menezes


En 1854, le chef tribal Seattle a envoyé une lettre au président Franklin Pierce, qui est devenu une icône des mouvements écologiques, comme le chef indien dans cette lettre a démontré une capacité spectaculaires prédit l'avenir de l'environnement si les hommes de décapage nature à leur propre rythme plaisir, ne cherchant qu'à exploiter les ressources naturelles pour le profit, sans se soucier des conséquences que la dégradation de l'environnement pourrait produire.

Je crois cependant que le problème majeur de dégradation de l'environnement où nous vivons aujourd'hui est liée à forte densité de population humaine. Il est impossible de nourrir tant de gens, sans détruire les forêts continentale les transforme en pâturages pour le bétail et les cultures pour la production alimentaire.

Si la technologie n'est pas d'aujourd'hui que les effets seraient encore plus dévastateurs. Nous ne pouvons pas considérer l'Amérique écologistes plus d'Indiens que les hommes modernes et les colons. Les Indiens sont cupides, ils ne savais pas la technique d'accumuler des richesses ainsi que les colons européens. Beaucoup d'hommes blancs, plutôt que envahir autochtones des réserves de l'environnement, sont traités avec les Indiens illégaux qui exploitent et / ou à autoriser les blancs d'explorer la terre en échange de prestations et avantages de la tribu.

L'histoire du bois du Brésil, en échange de miroirs et autres babioles dans les Indiens du Brésil ont été ravage la forêt de livrer le Brésil en bois en échange de biens est un exemple que le caractère de l'Indien n'est pas mieux que les Blancs.

Le peuple d'Amérique

Lorsque les Européens sont arrivés en Amérique, on estime qu'il y avait 80 millions aborigènes en Amérique et en quelque 150 ans plus tard, ce nombre a été réduit à environ 3 millions. Chercheur H. F. Dobyns estime que quelque 95% de la population autochtone est mort dans les 150 premières années de la colonisation. Les Indiens ont été explorées à fond avec les Noirs qui ont été réduits en esclavage en Afrique et amenés en Amérique. Après les Indiens ont été libérés, continuent d'être exploités par le paiement des salaires. Les Indiens avaient leur terre volée et ont ensuite été contraints de travailler sur eux dans les modalités et conditions établies par les colons européens.

Nous ne pouvons nier que les peuples autochtones d'Amérique ont été massacrés du nord au sud comme William Benson compte, nous avons mis l'historien des gens, raconter le massacre de Clear Lake, en Californie, mai 1850.

"Les guerriers blancs croisés dans leurs grandes pirogues. Les Indiens ont dit qu'ils les recevront dans la paix, puis, quand les blancs sont venus, les Indiens les ont accueillis ... Ge-Wi-Lih a dit, il leva la main. .. mais le coup de l'homme blanc et en a blessé son bras ... elle a dit que quand il a pris la morte avait été poignardé et plusieurs ont été tués à coups de couteau ... cette grand-mère dit aussi comment un homme blanc pendu le Emerson île .. . et a fait un grand feu sous lui ... et un autre a été attaché à un arbre et brûlé vif. "

Le Journal du Centre pour les droits des peuples autochtones a publié un article écrit par Pratap Chatterjee a déclaré que les motifs de ce massacre:


"Le premier cas de Clear Lake, est venu avec l'arrivée de Charles et Andrew Stone Kelsey, deux agriculteurs qui sont venus au bord du lac en 1847, capturant des centaines d'Indiens et d'acheter "POMOS"en les soumettant au travail forcé comme des esclaves. Kelsey a porté ces Indiens esclaves dans les montagnes à la recherche d'or. Lorsque nous avons mis deux cow-boys, et Shak Xasis, a effectué les deux colons, a abouti à la terrible vengeance de l'armée américaine. "

Ce court récit qui révèle l'une des centaines de tragédies humanitaires auprès des populations indigènes en Amérique, dévoiler un peu du génocide qui s'est produit ici dans les premiers siècles de la colonisation.

Nous ne devons pas plonger dans la grande violence avec laquelle les Espagnols volé et décimé les Incas de l'Amérique centrale, en prenant tout l'or disponible ici.



LES COLONISATEURS

Malheureusement, la cupidité de beaucoup de gens qui ont quitté l'Europe pour des raisons diverses à coloniser de nouvelles terres produit des effets dévastateurs sur les peuples amérindiens. Les colons étaient principalement de cinq nations: les Anglais, espagnol, portugais, néerlandais et français. Les Espagnols sont eux qui ont conquis plus de terres, ce qui rend tous les trois colonies dans les Amériques.

Les Portugais avaient une colonie en Amérique du Sud et les Britanniques ont colonisé l'Amérique du Nord. Les Français ont aussi colonisé ce qui est aujourd'hui Haïti, la Guyane et le Canada et les invasions frustrés au Brésil, où il a échoué à établir.

Les Hollandais avaient peu de succès. L'arrivée des colons a complètement changé la vie en Amérique, aujourd'hui un nouveau monde est venu pour les Indiens, et ceux qui n'ont pas été assassinés, ont été décimés par les maladies et les virus que les colons amenés de l'Europe.

Les rares qui ont survécu jusqu'à aujourd'hui pas réussi à créer une société forte et prospère. Européens sont arrivés en Amérique avec deux buts, l'un était de coloniser la terre d'Amérique et de s'installer ici, et d'autres sont venus ici juste pour s'approprier les richesses



LA VIE DES INDIENS Amérique précolombienne


Nous ne pouvons pas alimenter le mythe que les Indiens étaient la préservation, car beaucoup vivaient en nomades, ne pas planter ou élever des animaux pour se nourrir, vivant hors de l'exploitation de la chasse, de pêche et de récolte, quelques groupes pratiquaient l'agriculture. En outre, dans pratiquement toutes les traditions orales autochtones entendre parler de mythes, contes et traditions qui étaient destinés à enseigner aux nouvelles générations au respect de la forêt comme sacré. Depuis qu'ils avaient le principe de l'accumulation de richesses, ils ont juste sorti de la jungle que c'était assez pour se nourrir. Contrairement à la culture européenne que nécessaire pour établir la compensation domaines de l'agriculture et l'élevage.


REFERENCES

Disponible en http://saiic.nativeweb.org/ayn/oro.html, consulté le 04/07/2011

Disponible en http://www.nodo50.org/ceprid/spip.php?article350, consulté le 04/07/2011

Disponible en http://www.monografias.com/trabajos25/colonizacion-america/colonizacion-america.shtml

Disponible en http://www.yurileveratto.com/articolo.php?Id=82

segunda-feira, 25 de abril de 2011

IMPERIALISM

IMPERIALISM


By Scribe Valdemir Mota de Menezes

Professor Michael Ignatieff, Professor in Human Rights at the Kennedy School of Government at Harvard University wrote in the New York Times Magazine (28/Jul/2002) gave a definition of modern imperialism (American) somewhat shocking, but true:

"[O] imperialism used to be the white man's burden. This gave him a bad reputation. But imperialism does not stop being necessary just because it's politically incorrect. "

Again talking about U.S. military operations in the Middle East said:

"Special Forces are not social workers. They are an imperial detachment, advancing American power and interests in Central Asia. Call it keeping the peace or build a nation, call it what you like, imperial policing is what is underway in Mazar. In fact, the entire U.S. war on terror is an exercise in imperialism. This can be a shock to Americans who do not like to think of their country as an empire. But what else can one call to the legions of soldiers, spooks and Special Forces Americans to ride the globe?


ENGLISH IMPERIALISM

John Hobson in 1902, wrote a work entitled: Imperialism, A STUDY. In this book, Hobson criticized the expansionist imperialism English who were in steep descent. The British ruled other parts of the world, subjecting them to his government. Virtually all continents have land area subject to the British. If he said that the sun never went out to England, because the whole earth had English possessions. This rule guarantees a monopoly market for imperialist governments, though John Hobson felt that the government did not win anything with it, who really benefited were the parasites of financial groups.

GERMAN IMPERIALISM

German imperialism reached its peak with the rise of Hitler, who first seized the assets of wealthy Jewish bankers in Germany and then proceeded to invade and dominate neighboring Saxon nations (Austria and Poland) and then extended his imperialist pretensions to other European nations, and then in Africa and Asia. The Germans due to their military expansionist ambitions has already led to two world wars in the twentieth century. The pan-Germanism was a period of history depicted by Paul Rohrbach and Rosa Luxemburg which runs from 1900 to 1945 whose idea was to end the economic blockade that was between the East and Central Europe and the Germans wanted to use trade routes in the East without requiring permission the English.


REFERÊNCIAS:

Hobson, John, Teoria do Imperialismo, disponível em www.scribd.com/doc/47280878/Resumen-H – acesso em 08/04/2011

Pieto, José Ricardo, O terror imperialista, Disponível em http://www.anovademocracia.com.br/no-36/232- – acesso enm 08/04/2011
Revue Courant Communiste International - La montee de l'imperialisme allemand, disponível em http://fr.internationalism.org/rinte89/allemand.htm – acesso em 08/04/2011
Foster, John Bellamy , CONCEITO DE IMPERIALISMO, disponível em http://resistir.info/mreview/redescoberta_do_imperialismo.html – acesso em 08/04/2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

BRASIL DISSE NÃO AOS ESTADOS UNIDOS

O dia em que o Brasil disse Não aos Estados Unidos
Pesquisadora recupera documentos com proposta de deportar negros americanos para a Amazônia
Carlos Haag
Edição Impressa 156 - Fevereiro 2009


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Banda Militar de soldados nortistas da União na Guerra Civil
Washington, dezembro de 1862: em meio a uma custosa, em vidas e dinheiro, Guerra Civil, em que a União estava desesperada por fundos a fim de sufocar a rebelião dos estados confederados, o presidente Abraham Lincoln, em seu discurso anual, o State of the Union, ousou pedir ao Congresso a liberação de US$ 600 mil para outro fim que não o conflito. “Os congressistas precisam liberar o dinheiro necessário para a deportação de pessoas negras livres para qualquer lugar fora dos Estados Unidos”, afirmou Lincoln – cujo bicentenário de nascimento é celebrado neste mês – em seu discurso anual. Não foi a primeira ou a única vez que o governante, um ano antes da proclamação da emancipação dos escravos, falou oficial e publicamente sobre seu interesse em deportar negros: foram cinco declarações políticas, incluindo-se dois State of the Union e o discurso que precedeu a emancipação. “O local onde penso ter uma colônia é na América Central. É mais próxima de nós que a Libéria [território no continente africano, dominado pelos EUA, para onde foram enviados libertos]. A terra é excelente para qualquer povo, especialmente a semelhança climática com sua terra natal, sendo, portanto, adequada às suas condições físicas”, escreveu num artigo para o New York Tribune, “The colonization of people of african descendent”.

“O plano oficialmente proposto pelo presidente Lincoln e sancionado pelo Congresso, para dar início à tarefa de colonizar fora dos EUA os negros libertos ou em vias de serem libertados no decorrer da guerra, está em vias de se concretizar no máximo em cinco semanas. Eles serão transportados à custa do governo e mantidos durante a primeira estação à custa do Estado e para tal uma verba foi aprovada pelo Congresso”, afirmava, em agosto de 1862, um editorial do The New York Times. Foi com esse espírito que Lincoln nomeou como representante extraordinário e ministro plenipotenciário dos Estados Unidos James Watson Webb, um antiabolicionista que via a libertação de escravos como potencialmente mais perigosa do que a escravidão em si. “Não é apenas do interesse dos Estados Unidos e absolutamente necessário para sua tranquilidade interna que se livre da instituição da escravidão, mas também, em consequência do preconceito de nosso povo contra a raça negra, se torna indispensável que o negro liberto seja exportado para fora de nossas fronteiras, pois conosco ele jamais poderá gozar de igualdade social ou política”, afirmou Webb em carta ao secretário de Estado de Lincoln, William Henry Seward.
O dia em que o Brasil disse Não aos Estados Unidos
Edição Impressa 156 - Fevereiro 2009
(Página 2 de 6)
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O presidente Lincoln e seu ministro para o Brasil, James Watson Webb
O tom, mais “discreto”, ainda assim não renegava (mesmo que Webb, então na situação, passasse a se dizer contrário à Secessão e, logo, à “lepra da escravidão”) os editoriais que escreveu, em 1843, para o Courier & Enquirer: “Libertar os negros do Sul e deixá-los onde se encontram será o início de um conflito que só poderá terminar com o extermínio de uma ou da outra raça. A raça negra é caracterizada por uma ignorância degradante e inferioridade mental, enquanto os escravocratas são honrados, patriotas e de mente elevada”. E foi na condição de representante oficial do governo americano que o mesmo Webb, em maio de 1862, submeteu ao governo brasileiro a proposta da constituição de uma empresa binacional de colonização da Amazônia com negros americanos livres ou em que seriam libertados ao longo da Guerra Civil. “O (marquês de) Abrantes apresentou três propostas do ministro americano, cujo fim é transvasar para o vale do Amazonas principalmente os negros que se libertassem nos Estados Unidos. O Abrantes ficou de tirar cópias de tão singulares propostas e de responder como convém ao Webb”, anotou dom Pedro II em seu diário em junho daquele ano, já ciente do projeto de “deportação” de negros. O primeiro historiador a chamar a atenção para essa história exótica foi Sérgio Buarque de Holanda, no prefácio que escreveu para o livro A Amazônia para os negros americanos, de Nícia Vilela, em 1968. “Não me ocorreu procurar em fontes documentais brasileiras outras notícias sobre o projeto. Percorrendo, com outros interesses, o arquivo pessoal do ministro Webb, hoje na biblioteca da Universidade de Yale, pude achar dois textos que se relacionam com o projeto”, afirmou Buarque de Holanda. A “dica” chamou a atenção da historiadora Maria Clara Sales Carneiro Sampaio, que saiu em busca de mais informações. Não achou nada no Brasil e partiu para Yale, onde teve acesso aos mais de dois mil documentos (que transcreveu) da coleção James Watson Webb Papers, dos anos 1862 e 1863.

Em meio à papelada examinada por Maria Clara havia: minutas do projeto, cartas enviadas a Seward sobre o andamento das negociações e anotações de Webb sobre a situação do Brasil, que, acreditava, estava carente de mão-de- -obra escrava e aceitaria, de bom grado, receber os negros americanos em seu território. A partir do material levantado, a historiadora escreveu sua dissertação, Fronteiras negras ao Sul, orientada por Maria Helena Machado, professora associada da USP, onde o trabalho acaba de ser defendido. Maria Clara, em seu doutorado, vai expandir a pesquisa para os outros países também sondados por Lincoln. “Esse estudo revela as pouco conhecidas influências da Guerra Civil no Brasil. A ironia está no fato de o presidente Barack Obama ter Lincoln como modelo: se houvesse prevalecido a vontade dele, os EUA teriam expatriado os afro-americanos”, diz Maria Helena. “Ele foi um homem branco do seu tempo e, claro, compartilhava muitas das dúvidas de racistas sulistas sobre a possibilidade de negros se transformarem em cidadãos. No caso das expatriações, o interesse de Lincoln revela a sua dúvida se ex-escravos seriam assimilados na sociedade americana, mas também o seu feeling de que mais brancos, em especial aqueles dos estados fronteiriços entre o Norte e o Sul, apoiariam a abolição se fosse assegurado a eles que os negros libertos seriam ‘realocados’”, avalia a brasilianista Barbara Weinstein, professora de história em Yale.
DIPLOMACIA
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dssssEscravos americanos
O principal argumento apresentado por Webb em seu projeto baseava-se no suposto “estado crônico de falta de mão-de-obra no Brasil, em especial nas províncias do Norte”: “O rápido aumento do valor do negro no Rio de Janeiro e o avanço do café, somado ao decréscimo da população escrava, ao contrário da nossa, e que é de um tipo de africano bastante inferior aos trazidos ao Brasil, está rapidamente despovoando as províncias do norte do Império (Northern Provinces). A grande necessidade do Brasil agora é mão-de-obra. Pelas características de clima e solo, o trabalho negro é preferível ao branco”, justificava o americano. Não deixa de elencar as vantagens do uso do negro americano. “Deus criou nos corações do povo dos Estados Unidos, cujo clima e solo são propícios ao trabalho escravo, uma aversão à escravidão que resultou na maior guerra civil jamais vista. O negro que está prestes a ser manumisso (libertado) foi treinado para o trabalho: é dócil e tratável, mas suspira por liberdade. Deus, em Sua infinita sabedoria e misericórdia, tornou possível por meio da política e interesses dos EUA e do Brasil assegurar-lhe essa liberdade. O Brasil sofre pela falta de mão-de-obra. Quatro milhões de negros preparados para o trabalho, cada um valendo o equivalente a três africanos nativos, estão suspirando por liberdade e prontos para comprá-la no solo congenial do Brasil e sob as leis e instituições liberais brasileiras.” Afinal, continua Webb, “a Constituição do Brasil reconhece como iguais os negros dos homens brancos e igualmente elegíveis com ele aos mais altos cargos do Império, onde a distinção social entre as raças branca e negra, que já existiu, está quase erradicada”. O projeto, assegurava, era filantrópico.

A base seria uma concessão ao governo brasileiro do direito de exclusividade de trazer para o Brasil colonos, africanos ou afro-descendentes, emancipados ou em via de o ser. O nome da proposta indica o sentido real: concessão ao general James W. Webb, que teria esse privilégio mantido por 20 anos. “As pessoas a serem introduzidas pelo concessionário e seus associados serão chamadas de ‘aprendizes’: seu trabalho por um período de cinco anos e um mês do dia do seu desembarque no Brasil será propriedade do concessionário”, afirmava o contrato de concessão. “Em vez de libertar o escravo imediatamente, ele será preparado para gozar de sua liberdade e, ao mesmo tempo, pagar por seu ensino, pelo custo de seu transporte e por sua futura moradia”, observava Webb na proposta. “Há indicações fortes de que havia interesses comerciais no projeto, tanto de Webb como de brasileiros, interessados em lucrar com a administração de uma companhia de imigração, nos moldes lucrativos das companhias de colonização na África, como a que gerou a Freetown, em Serra Leoa, em fins do século XVIII, por abolicionistas ingleses, com o objetivo de desembarcar africanos apreendidos em tráfico ilegal, ou a compra do território da Libéria pela American Colonization Society, nos anos 1820”, avalia Maria Helena. “O dedo de Deus aponta para as províncias do Norte do Brasil como o futuro lar dos escravos libertos dos EUA. O Brasil e o negro liberto irão ambos se beneficiar na mesma medida: um tratado entre os EUA e o Brasil, pelo qual todos os negros libertos dos EUA lá sejam agraciados com terras pelo governo do Brasil e ao término dos anos estabelecidos se tornem cidadãos brasileiros com todos os direitos e privilégios da população negra do Império”, argumentava Webb.
DIPLOMACIA
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A Amazônia brasileira nos tempos da proposta americana de Webb
Reservadamente, o ministro americano até concede que, no caso dos estados do Sul do Brasil, a vinda de imigrantes brancos europeus seria uma solução, mas isso não daria certo na região dos trópicos ao norte. “Estando o tráfico de escravos em seu fim e verificando-se que a colonização da Europa consta em leis imprudentes e egoístas, bem, que sejam humildes os estadistas brasileiros frente às perspectivas que o futuro apresenta. A não ser que as províncias do Sul sejam satisfeitas com trabalhadores de fora, o que só pode ser conseguido com uma mudança nas leis de colonização do Império, as províncias abaixo do Equador perderão seus trabalhadores e o Norte, por causa disso, vai voltar a ser habitado por indígenas e bestas selvagens dos quais tinha sido resgatado com a introdução do trabalho africano”, escreveu Webb, em despacho sigiloso, para o secretário de Estado Seward. Mas não apenas a União olhava para o Brasil como uma válvula de escape capaz de resolver os problemas que se avizinhavam com a abolição generalizada dos africanos, resultado do avanço da guerra. Os estados confederados já cogitavam esse movimento muito antes de Lincoln, em especial a partir de outro projeto polêmico, desenvolvido em finais da década de 1840 pelo tenente sulista Matthew Fontaine Maury, estudioso das correntes marítimas, inventor do telégrafo submarino e do torpedo fluvial, que seria usado pelos confederados, para os quais ele era um ídolo da estatura de Robert E. Lee, durante a Guerra Civil. “Maury propunha, sob a capa da discussão sobre a livre navegação do Amazonas, a imigração em massa dos plantadores de algodão sulistas e seus escravos para o vale amazônico, ou ainda a imigração forçada dos escravos, tornando-se a Amazônia a válvula de segurança dos EUA”, afirma Maria Helena.

Segundo a pesquisadora, prevendo a possibilidade de confronto entre Norte e Sul e as ameaças de perda do controle da situação que poderiam surgir com uma “guerra de raças”, Maury preconizava a transferência dos negros, capitaneada pelos sulistas, para o Brasil. “Não estou querendo transformar um território livre em escravista ou introduzir a escravidão onde ela não existe. O Brasil é um país tanto quanto o é a Virgínia. Sei que você se alegraria ao despertar um dia e afirmar que não existe mais escravidão na Virgínia. Isso sem tirar as correntes de um só braço, nem levar nenhum escravo à liberdade”, escreveu Maury. “Havia a questão da representação política. Os confederados colocaram a Amazônia no contexto da visão da liderança sulista, que acreditava ser necessário expandir a escravidão para um novo território para que aquela liderança continuasse a existir. Os confederados viam a escravidão como algo permanente e necessário ao seu modo de vida e estavam dispostos a derramar quanto sangue fosse preciso para impedir a abolição”, avalia Barbara Weinstein. “Só assim se pode entender a amplitude das propostas de Maury, que se convenceu de que o cenário privilegiado dos interesses sulistas estava na Amazônia. A medida que novos estados eram incorporados à União e a população dos estados não-escravistas crescia, o Sul viu-se ameaçado em sua representatividade. Expandir e anexar outras territórios era uma forma de equilibrar as forças políticas”, completa Maria Helena. “No momento em que os confederados resolveram se separar dos EUA, muitos se preocuparam em como vencer um Norte industrializado e mais populoso. O Deep South (o Sul profundo) aos poucos foi se convencendo de que teria que fazer uma aliança com o Brasil, o Deepest South (o Sul mais profundo) para sobreviver e assegurar que a escravidão seria mantida naquele hemisfério. Para figuras como Maury, o Brasil era não apenas a esperança de vencer a Guerra Civil, mas também um refúgio ideal em caso de derrota. Era o chamado slave imperialism, o imperialismo escravista”, afirma o brasilianista Gerald Horne, catedrático em história afro-americana da Universidade de Houston.
















O dia em que o Brasil disse Não aos Estados Unidos
Edição Impressa 156 - Fevereiro 2009
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Para tanto, tomar a Amazônia era uma necessidade e mesmo um dever, parte do “destino manifesto”: “Quem vai povoar o vale do poderoso Amazonas? Aquele povo imbecil e indolente ou ele será desenvolvido por uma raça com energia e engenhosidade capaz de domar a floresta e trazer à tona os recursos que jazem ali?”, perguntava-se Maury em carta ao cunhado William Herndon, encarregado pela Marinha dos EUA de explorar a área sem nenhuma permissão do governo brasileiro. “Creio que o Brasil não vai colocar obstáculo ao povoamento da região por cidadãos americanos que escolherem ir para lá com seus escravos. Assim como o vale do Mississippi foi a válvula de escape para os escravos do Norte, agora livres, o Amazonas será para aqueles escravos do Mississippi”, acreditava o militar confederado. O estabelecimento de uma “República do Amazonas” seria o ápice da expansão sulista sobre o Brasil, a ponto de o abolicionista negro Frederick Douglass confessar sentir-se alarmado com esses planos amazônicos que, segundo ele, “tinham sido iniciados por capitalistas de nossas metrópoles e por meio de expedições ao Brasil, país com que, sem sucesso, eles tentam estabelecer um tratado para a proteção e propagação da escravidão no continente”. “Para os confederados era necessária a combinação entre as duas grandes nações escravistas da América, uma forma de resistência à pressão abolicionista do resto do mundo”, nota Horne. Seward, por meio de Webb, por várias vezes repreendeu o Brasil por sua suposta colaboração com embarcações sulistas que desembarcavam no Rio e em Salvador, bem como temia que o Império reconhecesse oficialmente os estados confederados.

Foi justamente o projeto de um “imperialismo escravista” da absorção do Deepest South, como o preconizado por Maury na década de 1850, que, em 1862, jogou um balde de água fria na proposta semelhante feita por Webb. “Foi necessária a cruzada de Maury para que o Brasil saísse do seu imobilismo e se dispusesse a enfrentar a questão da navegação do Amazonas. Em 1851, o governo imperial já cuidava de se entender com os estados ribeirinhos do Amazonas e seus afluentes, para uma futura política de limites de navegação e proteção do Amazonas”, explica Nícia Vilela em seu A Amazônia para os negros americanos. Assim, apenas em 1867 é que o Brasil se sentiu à vontade, dado o novo quadro estável de relações interamericanas, para abrir o Amazonas para a navegação internacional. “A reação brasileira ao projeto de Webb desenhou-se, em verdade, a partir da pressão da proposta de Maury, uma década antes. Enquanto o americano, nos EUA, propagandeava as vantagens de se ocupar o vale amazônico e as riquezas que seriam geradas pela livre navegação do rio, o Brasil começou a fazer esforços diplomáticos e políticos brutais para segurar o avanço norte-americano sobre a soberania do Império”, nota Maria Helena. Logo, não deveria ter causado surpresa a Webb a negativa do governo brasileiro.
"General: tive o prazer de ler com a máxima atenção os documentos que me confiou e agora lhe dou retorno em relação ao seu plano de introdução de negros libertos no Brasil. Devo admitir que o objetivo em si é altamente interessante. É minha opinião pessoal que suas ideias merecem consideração e que muitas delas, em circunstâncias favoráveis, seriam de grande utilidade. No entanto, nada dessa ordem poderá ser tentada em nosso país, pois temos uma lei que impede expressamente a entrada de qualquer negro liberto em nossas fronteiras. Encaminho a lei para seu conhecimento. Renovo meus votos de apreço e estima. Abrantes.” O projeto foi arquivado. “A elite política brasileira já estava focada na atração de imigrantes brancos europeus para o Brasil: planos de imigração e colonização estavam totalmente orientados no sentido do ‘branqueamento’ da população brasileira, e mesmo propostas para trazer trabalhadores chineses falhou porque o Parlamento não aceitou a vinda de ‘não-brancos’”, analisa Barbara. “Havia também o desejo de proteger a Amazônia de intrusões comerciais estrangeiras, especialmente num momento em que o comércio de borracha se firmou como uma fonte de divisas significativas. Até se pensou em criar colônias agrícolas no Pará nessa época, mas seriam para brancos europeus.” Do lado americano, a rejeição brasileira incentivava cautela.
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“Você pensa que avista o dedo de Deus apontando para as províncias do Norte do Brasil como a terra de promessas, descanso e reparação dos escravos dos estados do Sul desta República e pede ao presidente poder para negociar um tratado para efetivar a remoção de tais homens. O presidente não pode, sem consideração adicional, atender a este pedido”, escreveu Seward em carta aberta a Webb, publicada no The New York Times. “O presidente, embora negando conceder a você, no momento, a autoridade que você solicita, convida-o para a continuação das suas discussões, a partir da importante posição que você ocupa em um país de condição tão sugestiva para o pensamento liberal.” Secretário de Estado e presidente pareciam não falar a mesma língua (basta lembrar que Seward foi preterido pelo Partido Republicano por Lincoln para concorrer à Presidência): “Eu declino de mudar a colônia de negros libertos para qualquer Estado sem antes obter o consentimento do seu governo. Ao mesmo tempo, ofereci aos vários Estados situados abaixo dos trópicos, ou tendo colônias nestes lugares, para negociar com os EUA, sujeito ao consentimento do Senado, em prol da emigração voluntária de pessoas daquela classe para os seus respectivos territórios, com a condição de que sejam recebidas de forma justa e humana. Lamento dizer que muitos que gostariam de fazer isso não o fazem porque apenas Libéria e Haiti estão disponíveis e as pessoas não estão tão interessadas em ir para esses lugares tanto quanto para outros”, afirmou Lincoln em seu State of the Union, deixando claro que ainda tinha esperanças em ver concretizada a deportação voluntária.
“O senhor Seward falou bastante sobre a questão da emigração da população negra. Homens de peso, entre eles o presidente Lincoln, acreditavam que a melhor coisa para ambas as raças era a separação e a conservação do Norte apenas para os brancos. Mas membros do Partido da Emancipação eram contra essa remoção, pois não consideravam sábio abrir mão de tantos músculos e braços e se era prudente entregar esse poder para nações que não necessariamente serão sempre amigas dos EUA”, escreveu Lord Lyons, ministro da Inglaterra baseado em Washington, para seus superiores, relatando uma conversa que tivera com o secretário de Estado poucos dias antes da proclamação da emancipação. “Lincoln, no entanto, presidiu uma nação em guerra violenta e precisava de apoio do exterior e, assim, a última coisa que desejava era se envolver num conflito com uma nação estrangeira. Qualquer interesse que tivesse no projeto ou no Amazonas era menor se comparado com a sua necessidade de manter boas relações diplomáticas com o Brasil”, analisa Barbara. “Uma razão para que os negros americanos permanecessem no Norte foi por causa da relutância de algumas nações, em especial o Brasil, de recebê-los em meio a uma Guerra Civil, da mesma forma que a simpatia desse país pelos estados confederados foi fundamental para os rebeldes”, acredita Horne. Isso foi determinante na vinda, após a guerra, de ex-confederados ao Brasil.

“Muitos emigraram e até tentaram trazer seus escravos (alguns até conseguiram), pois queriam viver num país onde o escravismo permanecia. A maioria se desencantou e voltou, mas muitos ficaram e fundaram comunidades. Alguns até pensaram em usar o Brasil como plataforma para construir um novo império escravagista e reverter o resultado da guerra”, diz Horne. Mas o dedo de Deus agora estava nas mãos do Norte.
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3789&bd=1&pg=6&lg=